formação

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- "Marx: os revolucionários também amam", de Leandro Konder "No peito do desafinado também bate um coração Tom Jobim e Newton Mendonça Marx e o amor são duas palavras que dificilmente encontramos juntas, uma ao lado da outra. Em 1847, Marx irritou-se bastante quando encontrou ecos da retórica cristã sobre o amor em escritos de Feuerbach. Para ele, Feuerbach idealizava e superestimava os impulsos afetivos do ser humano, tinha uma visão contemplativa da sensibilidade e não levava suficientemente em conta a atividade criadora de que o homem é capaz, seu poder de transformar-se e transformar o mundo. Marx acusava os "princípio sociais do cristianismo" de projetar no céu a compensação de todas as infâmias sofridas na terra . A adesão do intelectual Marx à causa da classe operária não foi uma adesão friamente pensada. Ao participar de uma reunião clandestina de trabalhadores, Marx emocionou-se com a fisionomia dos operários . Uma das causas mais profundas da repulsa que Marx sentia pelo capitalismo estava justamente em sua convicção de que o modo de produção capitalista não só introduz grave "alienação" na relação entre sujeito-trabalhador e o fruto do seu trabalho, como cria um terrível "estranhamento" na relação dos homens uns com os outros que os torna extremamente inseguros, hipercompetitivos, e solapa as bases da solidariedade humana . A alienação tem suas raízes no trabalho, porém abrange, com grande variedade de formas, todas as atividades do homem. Ela coloca o ser humano em doloroso conflito com ele mesmo, com seus semelhantes e com a natureza. A relação do homem com a mulher põe a nu a degradação a que chegam os seres humanos em sociedades marcadas pela divisão social do trabalho, pela propriedade privada. E Marx insiste: na relação do homem com a mulher vê-se "até que ponto a carência do ser humano se tornou carência humana para ele", quer dizer, "até que

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