formação
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DEDC
CAMPUS II – ALAGOINHAS
COLEGIADO DE LETRAS
UMA HIPOTESE SOBRE A SITUAÇÃO DE MACHADO DE ASSIS NA LITERATURA BRASILEIRA
Flavia Araujo Santos¹
BOSI, Alfredo. Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: Ática, 1999
Alfredo Bosi nasceu em São Paulo, em 26 de agosto de 1936. Licenciado em Letras Neolatino-Português, Italiano, Francês e Espanhol. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1955-1958). Vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987 a 1997. Em sua obra “Uma hipótese sobre a situação de Machado de Assis na Literatura Brasileira”, Bosi cita uma tradição crítica iniciada por Astrojildo onde Machado de Assis retoma os conceitos de “instinto de nacionalidade” para caracterizar uma literatura enraizada. Comparada com a obra Alencariana que romantizava a figura do índio e a pureza dos costumes patriarcais como assunto da sua ficção a obra Machadiana realisticamente entra nos caminhos da sociedade fluminense, ou seja, o presente já modernizado, que guardava o sistema escravista e do domínio imperial. Guardando o que Alencar espalhou no tempo e espaço, propondo um realismo modernizante com novas idéias. A obra machadiana reconhece uma serie de relações sociais que desigualmente compõem os enredos machadianos afirmando que esta se encontra em toda parte e dentro de cada personagem. Observa-se que as diferenças têm destaque nos romances de Machado de Assis, sendo assim uma regra geral, a disparidade. O olhar com que Machado observa as assimetrias interessa-no a cada homem e cada mulher na sua singularidade, e o ser humano no seu fundo comum. Aproximando-se das analises psicológicas que foram incorporadas, em registro de critica pela vertente cética da ilustração. Nas teorias evolucionistas do século XIX, todas as marcas negativas da condição humana eram redimidas e ganhavam explicações “racionais” no