acao educativa nos centros comerciais
Eu era um alto executivo do setor hoteleiro. Durante 10 anos trabalhei como Diretor Administrativo dos Hotéis Sonesta, contudo sem responsabilidade a nível operacional.
Meu escritório era num prédio, vizinho ao Hotel Plaza. Eu ia lá todos os dias para o almoço e geralmente ficava até tarde. Era um hóspede da casa. É notório que ninguém sabe mais sobre administrar um hotel do que um hóspede.
De repente, ano passado, deixei a área administrativa e tive que concentrar meus esforços em restaurantes onde por muitas vezes saciei minha fome e nos salões, boates e teatros nos quais gasto o meu dinheiro.
Nos meus dez anos de “boa vida”, tudo que eu realmente aprendi sobre gerenciamento de hotéis, era como usar uma toalete de hóspedes sem retirar o protetor de papel onde está escrito “higienizado para sua proteção”.
Quando os funcionários do hotel descobriram que eu passei minha vida toda como executivo de vendas e que nunca havia sido um hoteleiro, que nunca estive na “Cornell Hotel School” e que nem mesmo era filho de garçom, entraram em um estado de choque.
E o Presidente da Sonesta não acabou com a apreensão da equipe ao me apresentar a eles usando palavras gentis: “O Plaza teve um prejuízo nos últimos anos apesar de termos o melhor gerenciamento dos negócios. Agora vamos tentar o pior”.
Sinceramente, acho que o ramo hoteleiro em todo o mundo é muito atrasado. Ocorreram pouquíssimas mudanças nas atitudes dos recepcionistas nos últimos 2 mil anos, desde que José chegou a Belém e lhe disseram que ele tinha pedido a sua reserva.
Porque um balconista pergunta à sua esposa, que aponta para uma meia fina colorida, se ela quer três ou seis pares, se sua esposa está sozinha?
Porque um Maitre pergunta à sua esposa, os únicos mortais dentro do restaurante num raio de um quilômetro: “Quantos vocês são?”
Os Hoteleiros estão vendendo o que há de pior. Contudo, diante do risco de causar uma parada cardíaca em nossos hóspedes, quando