resenha raizes do brasil
CAP. 1 – FRONTEIRAS DA EUROPA
Neste capítulo, o autor afirma que o fato dominante e rico em consequências, como: a tibieza do espírito de organização, da solidariedade, do privilégios da vida social no Brasil está nas origens da sociedade brasileira. Assinala que o produto do trabalho ou da preguiça do povo brasileiro participa de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem, tornado-os desterrados da sua terra.
Propõe averiguar a dimensão da representação pela sociedade brasileira das instituições, idéias e formas de convívio herdadas de Portugal, objetivando subsidiar a avaliação sobre até que ponto pôde a tentativa de implantação da cultura européia no Brasil ter alcançado bom êxito.
Trata o texto das características e peculiaridades da nação ibérica, considerando o fato de que Espanha e Portugal, juntamente com a Rússia e os países balcânicos (Inglaterra) terem sido zona fronteiriça menos carregada de europeismo (territórios-ponte por onde a Europa se comunicava com os outros mundos). Pontua o autor que a Espanha e Portugal ingressaram tardiamente no coro européu a partir da época dos grandes descobrimentos marítimos, constituindo-se numa sociedade quase à margem das sociedades européias, sem receber por parte delas nenhum estímulo.
Sobre os fundamentos em que assentaram as formas de vida social na Espanha e em Portuagal em comparação com as sociedades européias de além-Pireneus, ressalta o autor a característica peculiar da Península Ibérica que desenvolveu a cultura da personalidade, constituindo-se no traço mais decisivo destes povos. Para eles, a autonomia do homem era fundamental, logo, dando ênfase ao individual, culminando na tibieza das formas de organização, de todas as associações que implicassem solidariedade e ordenação dos povos.
Alerta que a falta de coesão social não representa um fenômeno moderno, ela sempre ocorreu, sendo o recurso usado da volta à tradição pelos eruditos um mero