Resenha do livro raízes do brasil
Centro Universitário Toledo
Araçatuba
2013
Sérgio Buarque de Holanda nasceu em 1902 em São Paulo. Era filho de migrante pernambucano, funcionário público do Estado de São Paulo na área da saúde, professor de botânica na Escola de Farmácia e Odontologia, e trabalhou também no serviço sanitário do Estado. S. B. de Holanda teve uma formação escolar formal e regular sofrendo autoritarismo paterno e levou uma vida urbana. Formou-se em Direito, porém a sua carreira foi de crítico literário e jornalista. Viajou pela Europa inúmeras vezes. Segundo os seus biógrafos e analistas possuía enorme erudição em Ciências Sociais, literatura e artes, apesar de disciplinado e boêmio.
Assim como o pai, tornou-se funcionário público. Foi professor da Escola de Sociologia e Política, de 1947 a 1955 e da Universidade de São Paulo, de 1958 a 1969.
Dentre os seus livros publicados - Caminhos e fronteiras (1957), Visão do Paraíso (1959), História geral da civilização brasileira (1960-72) – publicou Raízes do Brasil em 1936 onde ele divulgará o historicismo alemão em suas pesquisas onde grande inclui-se a sociologia weberiana, por identificação. Raízes do Brasil é, sobretudo, uma obra política e o povo brasileiro é o personagem central. Sua história é o povo anônimo em seu cotidiano, sem grandes eventos. Sem idealizar as oligarquias do Brasil, prefere novos sujeitos uma nova mentalidade brasileira. Deseja uma sociedade mais justa e mais igualitária mesmo tendo uma posição mais branda durante a radicalização política nos anos 1930.
No conjunto da obra, um capítulo que muito se destacou foi o capítulo 5 – O HOMEM CORDIAL, que aborda características próprias do brasileiro como consequências dos traços do passado.
Sérgio Buarque afirma que o “homem cordial” é resultado da cultura patrimonialista e personalista própria da sociedade brasileira. A nossa cordialidade enfatizava o predomínio de relações