Resenha Raízes do Brasil

Sérgio Buarque de Holanda foi historiador e crítico literário, colunista e correspondente de inúmeros jornais no Brasil e no exterior, teve diversos cargos políticos. Ocupou cadeira de História da Civilização Brasileira, na Faculdade de Filosofa, Letras e Ciências Humanas da USP. Foi o primeiro diretor de estudos brasileiros da USP e membro fundador do Partido dos Trabalhadores. Sua principal obra literária foi Raízes do Brasil. Nasceu em 11 de julho de 1902 em São Paulo, e faleceu em 24 de abril de 1982.
Em seu livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda procura trazer ao leitor, não só a compreensão do Brasil, mas também a formação da sua sociedade, e sua estrutura social e política sobre a influência ibérica portuguesa, pioneira nas grandes navegações. Sérgio Buarque de Holanda em uma espécie de saudosismo patriarcal diz que, os problemas contidos no passado, certamente estariam ligados a problemas do cotidiano. Em uma comparação da obra com as ideologias de Max Weber, o autor foca em alguns elementos chaves do livro como conceitos sociais opostos, exemplos de rural e urbano, o Estado e a família patriarcal, aventura e trabalho e por fim, o privado e o público.
Para se compreender melhor a identidade da sociedade brasileira, Sérgio Buarque de Holanda aborda no capítulo, O Homem Cordial, o que seria uma característica peculiar do homem brasileiro daquele momento, trazendo consigo alguns resquícios de traços do passado. Em um primeiro momento do livro, são abordadas as origens que os brasileiros têm dos países ibéricos, Portugal e Espanha, esses considerados menos europeus que os demais, pois não haviam tido uma raiz feudal mais profunda que países europeus. Diante disso, Sérgio Buarque relata todas as consequências vindas dessa desestabilização organizacional vinda ao Brasil, com uma sociedade burguesa mercantil precoce entre os demais, onde o trabalho físico e regular não eram uma de suas virtudes, mas tinham sempre a ganância e o ímpeto de serem