formação
1.Debate sobre a função consumo
Função consumo Keynesiana
Uma vez determinado o comportamento do consumo e estabelecido que a renda será igual a despesa é possível escrever a equação acima na seguinte forma:
Y = C(Y) + I + G (2)
onde Y representa a renda. Desde que o investimento e o gasto do governo não dependam da renda a equação acima pode ser resolvida de forma a determinar o valor de Y para cada valor de G e de I, para isto basta estabelecer uma forma para a função consumo.
Uma hipótese bastante utilizada entre macroeconomistas da linha keynesiana é que a função consumo é linear, ou seja:
C (Y)= C A +C Y (3)
Nesta especificação A C representa o consumo mínimo necessário para manutenção da vida em padrões socialmente aceitáveis, de forma que este mínimo de consumo existirá mesmo quando a renda for zero. Trata-se da parte do consumo que não depende da renda, por vezes é chamado de consumo autônomo. A propensão marginal a consumir será dada por c, isto é verdade porque se a renda aumentar de um real o consumo vai aumentar de c reais4.
Conhecida a forma da função consumo é possível resolver a equação descrita em (2) para determinar a renda de equilíbrio. Antes de passar a solução desta equação é interessante ilustrar graficamente o processo de solução, isto é feito na Figura 1.
Na Figura 1 a reta Y = Y possui inclinação igual a um, de modo a representar a função identidade. A reta D = C(Y) + I + G representa a despesa e possui inclinação igual a propensão marginal a consumir, que é menor do que um. Como as inclinações das duas retas são diferentes, isto será verdade sempre que a propensão marginal a consumir for menor do que um, as duas retas vão se cruzar em algum ponto. O ponto em que as retas se cruzam é o ponto de equilíbrio,denotado por E, neste a despesa é igual à renda.
A solução do modelo ilustrada na Figura 1 também pode ser obtida algebricamente. Para isto basta substituir a equação (3) na equação (2) de