Formação econômica do brasil - resenha
“Formação Econômica do Brasil” de Celso Furtado
SUMÁRIO
Primeira Parte
Fundamentos econômicos da ocupação territorial 1
Segunda Parte
Economia escravista de agricultura tropical (Séc. XVI e XVII) 3
Terceira Parte
Economia escravista mineira (Século XVIII) 6
Quarta Parte
Economia de transição para o trabalho assalariado (Século XIX) 8
Quinta Parte
Economia de transição para um sistema industrial (século XX) 15
Primeira Parte
Fundamentos econômicos da ocupação territorial
Na primeira parte, o autor inicia a historia do desenvolvimento econômico do Brasil, cujo processo de ocupação territorial, tal qual o das demais regiões da América, foi realizado pelas potências européias por motivos de pressão comercial, em um período marcado pela decadência do sistema feudal e pela rápida expansão do comércio no continente europeu, estimulada também pelos entraves impostos pelos árabes na obtenção dos produtos orientais por rotas terrestres, no leste europeu.
A miragem do ouro no interior das terras brasileiras somada à pressão exercida por outras potências européias que iniciavam sua expansão colonial com base no princípio de que os donos das terras eram quem as ocupasse, Portugal decidiu por garantir a posse sobre o território brasileiro, desviando recursos das rotas orientais, na época, mais lucrativas.
A questão, então, seria como ocupar efetivamente um território de tamanha extensão como era o da América Portuguesa, principalmente quando comparado ao território da própria metrópole. A alternativa encontrada foi a implementação da empresa agrícola, mais especificamente da produção açucareira, adotada por diversos motivos, dentre os quais: a experiência portuguesa nas ilhas do Atlântico, a existência de um grande mercado na Europa e o já existente desenvolvimento, em Portugal, da indústria de equipamentos para os engenhos açucareiros.
Outro destaque da empresa colonial agrícola portuguesa foi a aliança com os holandeses, que