Formação Econômica do Brasil - Celso Furtado
A obra analisa os diversos ciclos atravessados pela economia nacional (açúcar, gado, ouro, café), o problema da mão-de-obra (escravatura, imigração, migração interna), a industrialização que teve lugar nas ultimas décadas e o significado do processo econômico presente.
Uma das teses centrais do livro é que o comercio exterior é o setor dinâmico do sistema econômico do Brasil, onde se mostra a chave do processo de crescimento, ou seja, o crescimento econômico é induzido de fora para dentro. Furtado examina o gasto na produção e exportação no Brasil colônia e o investimento induzido por esse mercado. No entanto, nas épocas de intensa expansão do nosso comercio exterior, nossa economia mostrou um fraquíssimo índice de desenvolvimento. O autor explica que no caso do açúcar, a concentração da renda nas mãos dos senhores de engenho, cujos gastos produtivos eram feitos quase exclusivamente no exterior, mostra porque o processo econômico não tenha evoluído. Porém, o desenvolvimento econômico nacional foi mais intenso nos momentos de crise do comercio exterior (1.a Gerra Mundial, crise e depressão de 1929 e 1939 e a 2.a Guerra Mundial).
Celso Furtado nessa obra associa desenvolvimento e planejamento, questionando a distribuição de renda por meio do salário do trabalhador pobre. A transição para o trabalho assalariado e, dessa forma, a multiplicação da renda no país é a tese principal de Furtado, que demonstrou que o desenvolvimento se consolidará a partir do