Formação de professores em gênero e sexualidade: olhares diversos
RESUMO: Esse relato pretende expor a experiência vivenciada a partir de duas ações de formação de professores da rede pública, uma na cidade de Irecê e outra na cidade de Maragojipe. A primeira realizada em um Seminário denominado “Irecê sem Homofobia” o qual foi uma parceria estabelecida entre o movimento LGBT local, através da Cactus LGBT e a Secretaria Municipal de Educação de Irecê, no qual fui realizar uma oficina temática sob o nome Educação sem Lesbofobia, Homofobia e Transfobia com professores (as) e coordenadores pedagógicos (as) como representante da Associação Beco das Cores, o segundo momento refere-se à oficina temática por nome Educação e Diversidade realizada na Jornada Pedagógica promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Maragojipe com professores (as) da rede pública municipal, na qual atuei enquanto estudiosa do campo das sexualidades e da educação. O objetivo ao trazer essas duas experiências é apresentar como em realidades distintas a essencialidade da formação inicial e continuada de professores (as) pode ser notada e demonstrar como através dos discursos docentes podemos identificar a concreta necessidade de uma política sistemática de educação sexual nas escolas brasileiras, uma vez que a sexualidade é uma dimensão da vida humana também presente no cotidiano escolar e todos os sujeitos deste espaço de alguma forma buscam respostas as suas indagações.
PALAVRAS-CHAVES: Educação- Gênero- Sexualidade- Formação Docente.
O debate e o desenvolvimento de propostas educativas acerca das questões que envolvem gênero e sexualidade na escola ainda são tímidos, haja vista essa temática na sociedade ocidental ainda se configurar em um campo permeado de tabus. Em geral as pedagogias da sexualidade e do gênero são usadas para ponderar o que é ou não natural, como devem ser exercidas as identidades de gênero e sexual, em função de uma noção heteronormativa do ser humano, não