O pedagogo frente á diversidade sexual nas escolas
RESUMO
A sociedade brasileira vive profundas transformações que não podem ser ignoradas por nenhuma instituição democrática. Cresce no país a percepção da importância da educação como instrumento necessário para enfrentar situações de preconceitos e discriminação e garantir oportunidades efetivas de participação de todos nos diferentes espaços sociais. A escola brasileira vem sendo chamada a contribuir de maneira mais eficaz no enfrentamento do que impede ou dificulta a participação social e política e que, ao mesmo tempo, contribui para a reprodução de lógicas perversas de opressão e incremento das desigualdades. Cada vez mais a homofobia é percebida como um grave problema social, e a escola é considerada um espaço decisivo para contribuir na construção de uma consciência crítica e no desenvolvimento de práticas pautadas pelo respeito à diversidade e aos direitos humanos. Reside aí a importância de se promoverem ações que forneçam aos profissionais da educação diretrizes, orientações pedagógicas e instrumentos para consolidarmos uma cultura de respeito à diversidade, de orientação sexual e de identidade de gênero. Para isso, resulta igualmente indispensável estimular a produção e a difusão de estudos e pesquisas nestas áreas.
INTRODUÇÃO
De acordo com o livro Gênero e Diversidade na Escola: Formação de Professores em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais da Secretaria Especial de Políticas para mulheres (SPM/PR), Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR/PR) e do Ministério da Educação (MEC) Rio de Janeiro (2009) é comum acreditarmos que a sexualidade é o que temos de mais “natural” e particular. A sexualidade diz respeito à privacidade e ao bem estar de cada indivíduo, e sua expressão esta sujeita à pressão e vigilância pública para que seja exercida conforme o que “naturalmente” se espera. A escola por se tratar de um contexto