Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro.
SANTIAGO, Lilian Solá. Cultura Popular. IN. Barbosa, F;Godinho, L;Nunes, V . Eu Tenho Palavra. Bom Despacho MG.2010 dur.26¨.
Discente em Letras Adicionais pela Universidade Federal do Pampa( UNIPAMPA ) - Campus Bagé/RS. Texto produzido para a disciplina de Política Linguística.
“Em uma espécie de viagem linguística em busca das origens africanas e da cultura brasileira- Lilian Solá’. O antigo reino do Congo foi a origem da maioria dos africanos escravizados no Brasil que, no cativeiro, criaram diversos dialetos para se comunicarem livremente. Entre eles, a "língua do negro da Costa", que ainda é preservada na comunidade de quilombo de Tabatinga, em Bom Despacho, cidade de Minas Gerais.
Dois personagens principais- um falante da "língua do negro da Costa" e outro de quimbundo e Umbundo- narram esta viagem de reconhecimento da identidade brasileira. Dona Fiota, uma das personagens, conta tudo o que passou sua mãe, mesmo depois da abolição da escravatura, ainda temia o tronco, tantas dificuldades que a impossibilitaram de poder frequentar uma escola e aprender a ler e escrever, mas não impediu dona Fiota de falar e até ensinar a língua do "Negro da Costa" aos demais. Um dia seu destino cruzou-se com o de Chitacumula, um estudante angolano no Brasil, que ao perguntar algo, recebeu a resposta na língua do negro da costa. Surpreendentemente ele entendeu tudo o que ela falava e comparou com sua língua. Dona Fiota foi escolhida pela comunidade para ser professora da "língua do negro da costa", com um salário a ser pago pela Secretaria Municipal de Educação de Bom Despacho. Após um mês de trabalho, quando foi receber, o funcionário lhe disse: - Ah, professora é a senhora? Então não vou lhe pagar. Como justifico o pagamento a uma