Formaçao das classes operarias
CLASSE TRABALHADORA
“Classe e não classes, por razões cujo exame constitui um dos objetivos deste livro. Evidentemente, há uma diferença. “Classes trabalhadoras” é um termo descritivo, tão esclarecedor e evasivo. Reúne vagamente um amontoado de fenômeno descontínuo. Ali estavam alfaiates e acolá tecelões, e juntos constituem a classe trabalhadora” * Por classe, entende um fenômeno histórico que unifica acontecimentos dispares, tanto em matéria-prima quanto em consciência. * A relação Histórica que escapa a análise se tentarmos imobilizá-lo e tentarmos dissecar. * É relação precisa estar sempre encarnada em pessoas e contextos reais.
“A classe aparece quando alguns homens, como resultado de experiência comum (herdada ou partilhadas), sentem e articulam identidade de seus interesses entre si, e contra outros homens cujos interesses diferem (e geralmente se opõe) dos seus” * A consciência de classe surge da mesma forma em tempos e em lugares diferentes, mas nunca exatamente da mesma forma.
O EMBATE: De um lado como a classe deveria ser, do outro, a negativa absoluta da consciência de classe. * O autor crítica a tentativa dos “marxistas” em enquadrar “classe” como uma coisa “uma quantidade de homens que se encontra numa certa proporção com os meios de produção, uma vez assumido, torna possível deduzir a classe. * A classe pode ser definida como componente estrutural da sociedade, já, consciência de classe é algo daninho inventado por intelectuais. * A classe é definida pelos homens enquanto vivem sua própria história, e, ao final, essa é a única definição. * Não podemos entender a classe a menos que a vejamos como uma formação social e cultural, surgindo de processos que só podem ser estudados quando eles mesmos operam durante um considerável período histórico. * Entre 1780 e 1832 os trabalhadores ingleses, em sua maioria, vieram a sentir uma identidade