a dificil formação da classe operária
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E DESIGUALDADES SOCIAIS
PROFESSORA: MARCELA
HYRLLANNA PEREIRA DOS SANTOS
A (DIFÍCIL) FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA
São Luís – MA
2014
O tema geral da nossa mesa, a teoria das classes sociais, é um tema que contém inúmeros aspectos diferenciados e apresenta grande complexidade. Muito importante para os socialistas e para os marxistas em particular, a teoria das classes sociais diz respeito à formação do agente político capaz de dirigir o processo revolucionário de substituição do capitalismo pelo socialismo. Apesar de sua importância, podemos afirmar ela não mereceu, no plano teórico, muita atenção da parte dos marxistas. Porque existem épocas e países em que a classe operaria se mantém politicamente desorganizada, sem partido próprio e atuando apenas no terreno da luta reivindicativa sindical? Por que em outros lugares e épocas a classe operária se organiza em partidos pró-capitalistas reformistas? Porque a organização do operariado em um movimento socialista revolucionário é um acontecimento relativamente excepcional?
O descuido no exame dessa questão não é casual. Esse descuido decorre da orientação teórica que dominou o marxismo organizado e militante durante o século xx.Tal orientação consiste em definir a classe operária no plano estritamente econômico - a posição dos agentes no processo de produção – e, em decorrência disso, dar por resolvido , pelo menos no plano teórico, o problema do processo de formação da classe operaria como coletivo organizado em torno de um programa político próprio.
Na concepção economicista das classes sociais, a formação de um movimento operário socialista apenas completaria o que já estaria dado no terreno da economia.
O contexto histórico do conceito economicista de classe operária
Por um longo período, essa concepção pode parecer plausível, pelo menos no continente