Administração
A classe operária vai ao paraíso
O filme “A classe operária vai ao paraíso”, retrata a realidade operária na década de 70, um período de transformações na Itália, país onde se passa o filme e em todo o mundo. Retrata a história pessoal e social de um operário, que perde um dedo em um acidente de trabalho e acaba se envolvendo com movimentos contrários a exploração capitalista. O Filme caracteriza-se como o retrato da difícil situação em que vivem os trabalhadores fabris e apresenta as manifestações da questão social que, são representadas pela exploração e alienação da classe dominada pela classe dominante. A nossa reflexão sobre o filme é que o mesmo mostra a divisão técnica e a divisão social. Na divisão social cada individuo pertence a uma divisão onde realiza um tipo de tarefa. A divisão técnica do trabalho diminui a habilitação do trabalhador, não há mais a qualificação, mais sim a especialização, onde ao trabalhador não é dado o direito de saber o que fabrica e para que sirva. A oposição e conflito contra esse sistema de produção proporcionou a formação de grupos como os estudantes e os sindicatos. O grande desafio da administração então era domar, ou seja, controlar o recurso humano que diferentemente da máquina, trazia costumes, hábitos e tradições. Podemos concluir que partindo de um conflito buscaram-se soluções e a negociação trouxe melhorias nas condições de trabalho dos operários. De acordo com Peter Bondanella, Elio Petri só acreditava na possibilidade da classe operária alcançar o Paraíso caso conseguisse destruir o muro (o capitalismo industrial) que os separa do seu sonho de um trabalho não-alienado. Elio Petri (1929-1982) foi um dos expoentes do chamado cinema político italiano. Um cinema que procurou capturar as contradições da sociedade italiana, especialmente após 1968. Esse foi o contexto italiano onde nasceu A Classe Operária Vai ao Paraíso.
Etapa 3
Situações cotidianas de desigualdade