Formas Luso - Comunicação Estratégica
Introdução
“(...) enquanto o capitalismo dos excessos e da opulência, do marketing hedonista e da gula consumista, sobrepõe-se à velha economia da escassez, o costumeiro fantasma da fome – um eterno companheiro indesejável da humanidade – é desbancado por um recém-chegado: o temível fantasma da gordura.”
(Silibia, Paula, 2004: 68)
Nos dias que correm, as marcas/instituições tem de estar atentas ao meio em que se inserem, à sociedade da qual fazem parte e, para a qual comunicam os seus produtos, procurando criar uma relação de proximidade com aqueles que definem como sendo os seus públicos-alvo. Comunicar de uma forma estratégica significa perceber quais as principais tendências sociais vigentes, quais os gostos, comportamentos, hábitos ou estilos de vida dos consumidores a que as marcas pretendem fazer chegar as suas mensagens, de uma forma eficaz e de acordo com os objectivos delineados. Conhecer o consumidor é fundamental para o sucesso de qualquer marca, pois só assim, poderá perceber o que o leva à acção, ao consumo ou à compra de um determinado produto. Há que ter em conta que este consumidor está cada vez mais atento e informado sobre as marcas e os seus produtos, sobre as tendências que o circundam e, no fundo, sobre a forma como funciona a sociedade em que vive.
A comunicação passa a ser vista como parte integral da estratégia e bom funcionamento de qualquer organização, sendo alvo de um planeamento e monitorização constantes. A função principal parece ser a de “apurar, veicular e interpretar informações dos actores sociais e do ambiente, bem como posicionar a organização junto à sociedade” (Oliveira & Paula, 2006: 3). A componente estratégica da comunicação reside, precisamente, na relação (quase diríamos de dependência) criada entre marca e consumidor ou seja, por um lado, diz respeito à actuação da organização, pautada por objectivos, estratégias de gestão e negócio e, por outro lado tem a ver com a inclusão do