Formas de tratamento do lixo
1.1 Introdução
Na sociedade moderna, da actividade quotidiana do Homem resulta a produção de lixo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (apud PNUD, 1998) lixo é “qualquer coisa que o seu proprietário não quer mais, em um dado lugar e em um certo momento, e que não possui valor comercial”.
Contudo, a definição de lixo como um material sem utilidade e sem possibilidade de aproveitamento, carece de uma análise subjectiva, dado que com o crescimento da indústria da reciclagem em determinados países, um resíduo inútil para uns, passa a apresenta valor económico acrescido para outros, e como tal considerado aproveitável. No seguimento desta ideia, de uma forma geral, nos países onde esta realidade é patente, adoptou-se a designação de resíduos sólidos, os quais podem ser categorizados segundo a sua proveniência. Tomando por exemplo o espaço europeu, o conceito mais lacto de resíduo pode ser definido como “quaisquer substâncias ou objectos de que o detentor se desfaz ou tem intenção ou obrigação de se desfazer, por não ser reconhecida qualquer utilidade”.
Seja qual for a designação adoptada, lixo ou resíduo, existe sempre implícita uma problemática ambiental. Segundo ( Hess, 2002 ) a acumulação de lixo é um fenómeno exclusivo das sociedades humanas. Num sistema natural não há lixo: o que não serve mais para um ser vivo é absorvido por outros, de maneira contínua, através de um processo de reciclagem de matéria. No caso do Homem, o seu modo de vida implica a produção diária de uma quantidade e variedade de lixo muito grande, a qual quando não é devidamente acautelada, ocasiona focos de poluição do solo, da água e do ar, por vezes com a libertação de substâncias tóxicas, além de que, por vezes os locais de acumulação desse lixo podem propiciar a proliferação de vectores de doenças.
O trabalho apresentado nesta monografia procura abordar a problemática em trono da produção e tratamento do lixo produzido, analisando um contexto social concreto, o