Fordismo
O grande início do fordismo deu-se no ano de 1914 quando Henry Ford ofereceu a seus funcionários uma recompensa salarial de 5 dólares para cada 8 horas trabalhadas na linha de montagem de sua indústria automobilística.
Esse novo tipo de produção fordista tinha sua estrutura derivada das idéias de Taylor (em suma, do livro “Os princípios da administração científica” escrito por tal) e teve como principal marco, além do salário e carga horária estabelecidos, a expansão das inovações tecnológicas e organizacionais, assim como o exemplo da construção de estradas de ferro. A nítida diferença entre o Taylorismo, que também sofreu grande resistência da parte dos funcionários na década de 20, e o Fordismo, era que Ford percebeu que para produção em grande escala era necessário também um consumo em tamanha proporção.
“O taylorismo também enfrentou fortes resistências nos anos 20, e alguns comentadores, como Richard Edwards (1979) insistem que a oposição dos trabalhadores infligiu uma grande derrota à implantação dessas técnicas na maioria das indústrias.” (HARVEY, 2005, p. 123)
A divisão do trabalho, determinando funções a determinados funcionários otimizou o tempo e aumentou a produtividade. A hierarquização criada dentro das fábricas foi refletida para a vida do homem, o que fez jus a teoria de Gramsci, que acreditava que esse novo perfil influenciaria diretamente a vida do homem principalmente em questões como, sexualidade, família, consumismo, etc.
Essa nova organização de horários, determinada por Ford, fazia com que os trabalhadores se acostumassem com a disciplina do trabalho em alta produção diariamente. Ford acreditava também, que com as horas que restavam ao funcionário, este poderia dedicar-se ao lazer e desfrutar dos produtos de consumo em massa, muitas vezes produzidos por eles mesmos.
Para certificar-se de que esse objetivo estava sendo alcançado e que os funcionários estavam utilizando o salário de forma coerente e racional, Ford enviou