Fontes para pesquisa de O Incêndio de Roma, de Bilac
Proposta:
O formalismo russo objetiva identificar os traços de “literariedade” em textos. Desse modo, promove a identificação de textos literários ou não literários. O estruturalismo francês é uma epistéme crítica que visa uma análise diacrônico-sincrônica de objetos textuais.
Assim, empreenda uma análise formalista-estruturalistas dos dois textos acima.
TEXTO I: O Incêndio de Roma – Olavo Bilac.
Análise estruturalista:
O poema é um soneto de versos métricos alexandrinos (12 sílabas poéticas), com rimas interpoladas, paralelas e intercaladas assim dispostas:
ABBA BAAB CDC EDE
O ritmo fonético, principalmente na primeira estrofe, assemelha o texto ao som produzido por explosões de ar.
O cenário do poema é de destruição da cidade através de um incêndio ruidoso e medonho. O cenário é panorâmico, onde os quadros vão se fechando durantes as estrofes até finalizarem em um close em Nero.
Análise estruturalista:
Olavo Bilac, poeta parnasiano, usa-se das características estéticas, principalmente do culto à forma, de sua escola literária do século XIX para compor um poema com temática no ano 64 d.C.
O poema é uma crítica à postura dissimulada de Nero, que tocava lira enquanto assistia à cidade arder em chamas, como retratado no livro Quo Vadis, de Henryk Sienkiewicz.
Esta versão da causa do incêndio, porém, não são aceitas pelos historiadores, que afirmam ter o fogo começado nas casas de madeiro dos habitantes da cidade, onde os moradores usavam-se das chamas para cozinhar e se aquecer e, com o vento, as chamas teriam se alastrado.
Porém, a versão do incêndio causado por Nero, retratando sua frieza ao tocar lira e com ele acusando aos cristãos, na época malvistos em Roma, da catástrofe, concebida e utilizada por romancistas, é a mais narrada na literatura, por seu tom dramático.
TEXTO II: A Catedral – Alphonsus de Guimarães
Análise formalista: