focault
Esse estudo se desenvolve pela análise do momento intermediário, aqui no sentido cronológico, da obra do autor francês que seria o artigo de 1957: “A pesquisa científica e a Psicologia”. E essa se dá em comparação com os dois ângulos formadores da base de nosso triângulo que seriam: “Doença Mental e Personalidade” (de 1954) e “Doença Mental e Psicologia” (de 1962).
O momento que colocamos em evidência e representamos aqui pelo texto acima citado publicado em 1957 traz “à tona não só a desconfiança foucaultiana com a positividade da psicologia, como uma evidente ruptura com seus escritos anteriores” (retirado de RIBAS, Thiago Fortes. Arqueologia, verdade e loucura: considerações sobre o pensamento de Foucault entre 1952-1962. Curitiba. 2011. P. 25.). Esse momento é o ano de 1953, um ano de transformação do pensamento do autodenominado arqueólogo pelas influências de autores como Nietzsche e Blanchot; e de reflexão que se mostra no contraste com seu desejo anterior de reestruturar a psicologia.
O texto que ele escreve em 1952 visa superar a psicologia científica existente, objetivando reconstruí-la com bases mais sólidas que viriam através de uma “ontologia existencial de origem fenomenológica” (retirado de RIBAS, Thiago Fortes. Arqueologia, verdade e loucura: considerações sobre o pensamento de Foucault entre 1952-1962. Curitiba. 2011. P. 24.). Em 1962, ele se desprende desse objetivo e baseia seus pensamentos em uma “antropologia social de inspiração marxista”