Flúor
Os fluoretos são responsaveis pelo declinio da carie dentaria em países desenvolvidos e tambem no Brasil. além da redução da prevalencia de carie, o fluor age reduzindo a velocidade de progressão de novas lesões. No Brasil os dentifrícios fluoretados passarão a ser comercializados, em esquala populacional, a partir de 1989. O Brasil é o 3º país em consumo per capita de dentifricios, atrás apenas do E.A.U e Japão (CURY et al, 2004).
O obejetivo do uso do fluoreto é a manutenção do íon fluor na cavidade bucal para interferir no desenvolvimento da cavidade bucal.
MECANISMO DE AÇÃO
O primeiro conceito importante é: o mecanismo de ação do íon flúor é sempre o mesmo, independente do meio de utilização. Água fluoretada, dentifrícios, bochechos, produtos para aplicação profissional, materiais odontológicos que liberam fluoreto, todos agem da mesma forma: fornecem íons flúor para a cavidade bucal. É necessário mais do que o simples conceito de que o mineral fluorapatita (FA) é menos solúvel do que a hidroxiapatita (HA) da estrutura dental, para entender este mecanismo de ação.
Quando as primeiras observações de que populações que consumiam água naturalmente fluoretada apresentavam um menor índice de cárie foram feitas acreditou-se que o mineral FA incorporado ao dente seria importante para diminuir a sua solubilidade. Essa idéia perdurou por mais de meio século, e ainda hoje vemos tal descrição em divulgações sobre o mecanismo de ação do flúor. No entanto, mesmo que o dente seja enriquecido com uma grande quantidade de FA, a porcentagem em relação ao mineral total não chega a 10%. Portanto, a menor solubilidade do mineral FA não muda significativamente a solubilidade do dente enriquecido com ela! E, portanto, não é necessário incorporar F- ao dente em formação (efeito sistêmico!) para que ele tenha efeito anticárie
Mas afinal, como o F- controla a cárie dental?
Para entender, voltamos ao conceito de que FA é um mineral menos solúvel do que a