FLUXOGRAMA DE ABATE DE BOVINOS
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Transporte
Uma das etapas mais importante no sistema de produção de bovinos de corte que pode comprometer o bem-estar é o transporte. Esta é uma das situações mais estressante que os bovinos sofrem, influenciando diretamente na qualidade da carne após o abate (SILVA, 2009), ainda afirma que a qualidade da carne é influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos e, dentre os últimos, destacam-se as práticas de manejo no local de criação, no transporte e no abatedouro, sendo que as consequências econômicas destas práticas têm sido alvos de pesquisadores no Brasil. Milhares de bovinos são transportados todos os dias para os frigoríficos, sendo que a maioria dos transportes é de forma rodoviária, devido as condições geográficas e de infraestrutura do país (BRASIL, 2013).
Os animais devem ser transportados até o matadouro frigorífico em veículos apropriados, por pessoas treinadas, respeitando a capacidade máxima do veículo a fim de evitar fraturas e contusões. Mesmo sob boas condições e em viagens curtas, os bovinos podem mostrar sinais de estresse e quando o manejo pré-abate é feito de forma inadequada, compromete o bem-estar animal, causando desde contusões, fraturas, arranhões, exaustão metabólica, desidratação, estresse de temperatura, até morte (GREGORY, 1994; BRASIL, 2013). Animais estressados sofrem e, com isso, há maior probabilidade de ocorrerem problemas com a carne (BRASIL, 2013).
Assim, o manejo dos animais, durante o período ante-mortem, pode ter um efeito significativo na redução da qualidade da carcaça, conduzindo-a para problemas de carne enegrecida ou pálida, mole e exsudativa (FERNANDEZ et al. 1992; GREGORY, 1994; ROÇA, SERRANO, 1996).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), indica-se que todos os envolvidos com o transporte desde as transportadoras responsáveis pelas equipes da fazenda, pelos caminhoneiros e responsáveis por receber os animais nos frigoríficos,