Tipos de dor
APOSTILA REFERENTE À DISCIPLINA FARMACOLOGIA, MINISTRADA PELO PROFESSOR
BELÉM/PA
DOR
A Associação Internacional para os Estudos da Dor, define dor como " uma experiência de sensação desagradável e emocional com lesão tecidual ativa ou potencial ou descrita, em termos de tal dano ". Uma sensação desagradável que faz parte de um contexto maior denominado percepção da dor. A percepção da dor é altamente subjetiva e influenciada por fatores comportamentais, fisiológicos, sensoriais, emocionais ( p. ex., ansiedade, fadiga, sugestão, condicionamento primário e cultural de um indivíduo, em particular sob um dado conjunto de circunstâncias). Estes elementos falam a favor da grande variação individual na resposta à sensação de dor.
Os três termos utilizados em relação à percepção da dor são percepção da dor, limiar de dor e tolerância à dor. A percepção da dor (também conhecida como nocicepção) é um alerta individual de percepção ou sensação de dor. O limiar de dor é o nível no qual um indivíduo inicialmente reconhece ou interpreta a sensação como sendo dolorosa. A tolerância à dor é a capacidade do indivíduo em suportar a dor. Os pacientes com dor intensa não tratada temem que a dor não possa ser aliviada, os pacientes com câncer, temem que novas dores ou que dores mais intensas estejam associadas à progressão ou recorrência da doença.
DOR AGUDA
A dor aguda é decorrente de lesão recente nos tecidos do corpo (p. ex., pele, músculo e vísceras) e a sua intensidade é geralmente proporcional à extensão dessa lesão. Neste caso, o sistema nervoso simpático é ativado, causando aumento da frequência cardíaca e respiratória, elevação da pressão arterial, dilatação pupilar e hiperglicemia. Em alguns casos, pode haver também episódios de náuseas e diaforese. A dor contínua ou persistente é resultado de lesão tecidual recorrente ou causada pela liberação de substâncias químicas das células adjacentes ocorridas