Fisioterapia do Trabalho e Ergonomia
Introdução: O setor de higiene pessoal e beleza é um dos que mais cresce no Brasil. Dados da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) registraram um crescimento de 78% no número de novos salões de beleza abertos no país entre o ano de 2005 e 2010 (SEBRAE, 2012). Com a expansão do setor cresce também o cuidado com as relações de trabalho, saúde e qualidade de vida dos profissionais que nele atuam com destaque para os serviços de manicure e pedicure, um dos mais requisitados. Os profissionais dessa área estão frequentemente expostos a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos que podem comprometer sua saúde, capacidade laborativa e conseqüente produtividade. Entre os riscos mais comuns estão: manutenção de postura estática e/ou inadequada prolongada, execução de movimentos repetitivos, exposição a agentes infecciosos, produtos químicos, vapores e ruídos, posto de trabalho ergonomicamente inadequado, jornada de trabalho extensa, cobranças por produtividade, entre outros. Tais riscos podem contribuir para o surgimento das Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORTs) ou ainda distúrbios de ordem psíquica como o estresse ocupacional. Devido ao seu grande potencial incapacitante as LER/ DORTs constituem as principais causas de absenteísmo dos trabalhadores afetados, impactando negativamente sobre as organizações. As principais perdas estão relacionadas à redução da produtividade e ao aumento dos custos empresariais com afastamentos para tratamento de saúde. Dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) mostram que as LER/DORT são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil (ref 3) e os custos com acidentes de trabalho e doenças ocupacionais giram em torno de R$ 12,5 bilhões/ano (incluídos os custos segurados e os não - segurados) para as empresas(ref4). Da