Fisiologia do torax
A propedêutica do aparelho respiratório permite que se use, com toda a sua potencialidade, a clássica simiotécnica da inspeção, palpação, percussão e ausculta. Para sua metódica execução, e com vantagem de facilitar a localização dos achados do exame físico, é de toda a conveniência recordar as diferentes linhas e regiões torácicas. Há alguns pontos de referência no tórax que merecem ser assinalados: o ângulo de Louis, o ângulo de Charpy e a vértebra proeminente. O ângulo de Louis, constituído por uma saliência transversal que se nota na junção do manúbrio com o corpo do esterno, corresponde à articulação da 2ª costela. No dorso, o ângulo de Louis projeta-se na altura da 4ª vértebra dorsal. A bifurcação traqueal e a parte mais alta da aorta também correspondem ao ângulo de Louis. O ângulo de Charpy ou ângulo epigástrico, formado pelas duas rebordas costais, serve para caracterizar o biótipo. A vértebra proeminente, que corresponde à 7ª cervical, marca o local em que os ápices pulmonares se projetam na parede torácica. A contagem das costelas e dos espaços intercostais faz-se de cima para baixo, seguindo-se a linha paraesternal. Como o ângulo de Louis sempre corresponde à 2ª costela, logo abaixo dele está o 2º espaço intercostal.
Na parede anterior e lateral: ▪ Linhas esternal, na borda do esterno, prolongando-se até a borda superior do trapézio. ▪ Linha axilar anterior, iniciando-se na prega anterior da axila. ▪ Linha axilar posterior, descendo da prega posterior da axila.
Linhas horizontais: ▪ Ao nível da 3ª articulação condroesternal. ▪ Ao nível da 6ª articulação condroesternal
Linhas anatômicas:
▪ Linha oblíqua, contornando o bordo superior do trapézio. ▪ Linha oblíqua, contornando o bordo superior da clavícula. ▪ Linha oblíqua, contornando o bordo inferior da clavícula. ▪ Linha curva, contornando a fúrcula esternal. ▪ Linha curva, contornando o bordo interno