Fisiologia da Dor
1. INTRODUÇÃO
Dor é uma experiência vivenciada pela quase totalidade dos seres humanos. É por meio dela que a maioria das afecções manifesta-se. Como sintoma ou doença, é frequentemente objeto da procura pelo sistema de saúde (DELEO et al., 1995). O comitê de taxonomia da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) conceitua dor como “experiência sensorial e emocional desagradável decorrente ou descrita em termos de lesões teciduais” (CESSELIN et al.,1984). A dor pode ser produzida por uma variedade de estímulos tais como pressões mecânicas, extremos de temperatura, pH ácido, soluções hipertônicas, luz intensas e certos mediadores químicos (AIRES,1999). A importância dessa função protetora exigiu da natureza um desenvolvimento de todo um sistema sensorial próprio para veicular as informações nociceptivas. Os nociceptores estão presentes em todos os tecidos: na superfície cutânea, na parede das vísceras ocas, no parênquima das vísceras sólidas, na vasculatura, nos ossos e nas articulações, na córnea, nas raízes dentárias (LENT, 2005). A dor é classificada em dois tipos principais: O primeiro é a dor rápida ou aguda porque cessa a interrupção do estímulo. O segundo chama-se dor lenta ou crônica pela razão oposta (LENT, 2005). Podemos também notar a transmissão dos sinais dolorosos que são duas vias e correspondem os dois tipos de dor: uma via para a dor aguda-rápida e uma via para a dor lenta-crônica. O sistema nervoso através da ativação de um sistema de controle de dor, chamado sistema de analgesia.
Quando uma pessoa sente dor em uma parte do corpo que fica distante do tecido causador da dor, refere-se a dor referida (AIRES, 1999). Quaisquer estímulos que excitem as terminações nervosas para dor em aéreas difusas das vísceras podem causar dor visceral (GUYTON, 2006). Existem alguns tipos de anormalidades da dor e sensações térmicas. Uma das anormalidades da dor é a cefaléia que é um sintoma muito freqüente e deve ser