Fisiocracia

FISIOCRACIA
Fisiocracia é o nome dado à primeira escola de economia científica, surgida no século XVIII. A palavra fisiocracia possui origem nas raízes gregas “fisios” (natureza) e “kratia” (governo), que dão origem a expressão “governo da natureza”.
A fisiocracia é uma teoria econômica que surgiu para se opor ao mercantilismo, se apresentando como fruto de uma reação iluminista. A fisiocracia se baseia na afirmação de que toda riqueza era proveniente da terra, da agricultura.
O idealizador da teoria foi François Quesnay, médico da corte do rei francês Luís XV. Em seu livro “Tableau Economique”, escrito em 1758, Quesnay afirmava que era inútil tentar alterar a ordem natural da sociedade através de leis e regulamentos governamentais, confirmando assim, uma característica de sua teoria: a não intervenção do Estado no sistema econômico (estado do laissez faire).
Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que a mesma proporciona grandes lucros e exige poucos investimentos, por isso deveria ser valorizada, contrariando assim, o pensamento mercantilista de acumulação de metais. Segundo a teoria, como a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver um único imposto, pago pelos proprietários de terra, livrando o restante da sociedade de grandes quantidades de tributos.
Em 1774, o ministro de finanças Anne Robert Jacques Turgot tentou introduzir a teoria dos fisiocratas na economia da França, no entanto, devido aos protestos dos proprietários de terras, a tentativa foi um fracasso. Embora a teoria da fisiocracia tenha uma série de limitações, foi de grande importância para a economia científica, visto que foi tomada como ponto de partida para a criação da teoria clássica de Adam Smith.
A fisiocracia como teoria científico-econômica teve uma vida muito curta, com pouco mais de trinta anos, e foi uma ciência econômica exclusivamente francesa, pois todos os seus simpatizantes eram franceses. Entre os