Fisiocracia
A palavra fisiocracia possui origem nas raízes gregas “fisios” (natureza) e kratia (governo), que dão origem à expressão “governo da natureza”.
Fisiocracia baseia-se na comprovação de que toda a riqueza era proveniente da agricultura.
A fisiocracia nos relata que a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que a mesma proporciona altíssimos lucros e exige pouco investimento, sendo assim deveria ser valorizada, contrariando dessa forma, o pensamento mercantilista da acumulação de metais. Baseando-se na teoria, como a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver somente um único imposto, pago pelos proprietários de terra, livrando o restante da sociedade de grandes tributos.
As principais contribuições da escola clássica à teoria econômica foram sua afirmação da identidade entre os interesses particulares dos indivíduos e o interesse geral da sociedade, assim como a teoria do valor-trabalho. A afirmação da identidade entre interesses particulares e gerais leva necessariamente a outra nova afirmação: uma vez assegurada a não intervenção do estado e de grupos que interfiram na atividade econômica espontânea, o livre jogo da oferta e da procura tende necessariamente a produzir o equilíbrio econômico. A escola clássica lançou assim os alicerces do liberalismo, doutrina que teria poderosa influência nos próximos séculos.
Em oposição aos fisiocratas, que, como se viu, consideravam que só a terra podia gerar um produto líquido, os clássicos britânicos defenderam a teoria do valor-trabalho, segundo a qual todo trabalho produtivo gerava um excedente econômico, ou seja, riqueza. Sendo o valor a quantidade de trabalho investida na produção de um bem, os fisiocratas chegaram a afirmar que a terra não possuía influência alguma na determinação do valor e considerou o capital como cristalização do trabalho, isto é, uma reserva de trabalho