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FINLEY, Moses. A PARTICIPAÇÃO POPULAR. IN_ POLÍTICA NO MUNDO ANTIGO. Lisboa: Edições 70, 1997, p.89-103; 111-119.
Moses Finley analisa a participação popular em Atenas e em Roma, comparando as instituições políticas. Nos dois casos mostra que havia “assembléias com o poder” (página 89), instrumentos mais importantes do que eleições, e que a liderança era exercida quase exclusivamente por membros da elite.
Suas instituições políticas estavam divididas em: Areópago, conselho de anciãos, uma instituição muito comum na Antiguidade, constituído pelos arcontes, que tinham mandato vitalício e que, a partir de 462 a.C., teve existência simbólica. (página 90). Conselho dos Quinhentos, constituído por cidadãos maiores de trinta anos escolhidos por sorteio, onde os membros exerciam mandato de um ano, no máximo duas vezes na vida.
Eram escolhidos á sorte de entre todos os cidadãos com idade superior a trinta anos que concordassem com a proposta dos respectivos nomes, escolha essa com dispersão geográfica obrigatória. O período do mandato era de um ano e um homem só poderia exercer o cargo por duas vezes durante toda a vida. (página 90). Assembléia, era a suprema autoridade governamental, e todos os cidadãos podiam freqüentar.
Não existiam “partidos” políticos estruturados, nem uma oposição à administração. O Conselho dos Quinhentos ocupava-se com a administração pública e a preparação da legislação, que era enviada à apreciação da Assembléia. A Assembléia podia aprovar, emendar ou rejeitar qualquer proposta enviada.
Na época de Aristóteles, a assembléia reunia- se normalmente quarenta dias, distribuídos ao longo doa ano e talvez com menos freqüência no século v.a.c- o que não é grande perda de tempo para ninguém, sobretudo porque as reuniões duravam menos de um dia e nunca mais do que isso. (página 92).
Em Atenas a cidadania era exclusividade dos nascidos na cidade-estado. Da participação política