Moses fINLEY em defesa da democracia antiga
Questão única:
Compare, de um lado, os argumentos de Moses Finley, em defesa da democracia antiga, com os de Benjamin Constant, em oposição a essa mesma forma e governo.
Antes de tudo, acho importante frisar primeiramente o desprezo de Finley pelo que hoje se é definido como “democracia”. Esse desprezo é derivado pela distorção que as instituições atuais aplicaram ao termo, que por ter em sua idéia a aprovação social, passou a ser usado como parâmetro em defesas de ideais que de democratas, não tem nada. A palavra se tornou vazia em sua essência e virou um agente simpatizante.
Como base de sua argumentação, o autor busca em Atenas os exemplos e as raízes da mais pura democracia, comparando situações atuais e antigas. Sem meios de comunicação em massa, a relação dos líderes políticos de Atenas eram bem diferentes dos da atualidade, pois era necessário um contato mais direto com os eleitores, mas acima de tudo, a democracia era direta. Parafraseando, era um “governo do povo, pelo povo e para o povo” em sua maneira mais crua, pois a votação era feita em assembléia de forma direta, sem burocracia. Nela poderia estar presentes praticamente todos os cidadãos maiores de 18 anos que quisessem comparecer e o resultado era obtido pela maioria dos votos dos que ali estivessem.
Criticando o modo político atual, onde há “maquinas partidárias e elite política constitucionalizada” onde os cargos são ocupados cada vez mais indiretamente e a política virou uma organização de poder ao qual a maioria não pode nem sonhar em participar, Finley fala sobre o modo Ateniense. Este tinha sua administração designada por meio de sorteio e a remuneração não era algo extravagante e ostentador. O cargo não vinha como um status e a política não era uma profissão, mas sim como um dever do próprio cidadão para a sociedade.
Em função das medidas a serem tomadas em relação a todos os assuntos, como guerra, por exemplo, seria errôneo dizer que