Filósofos Católicos
Santo Agostinho (séculos III e IV) e São Tomás de Aquino (século XIII) foram, respectivamente, os maiores pensadores da Patrística e da Escolástica. Santo Agostinho valeu-se da filosofia de Platão, enquanto Santo Tomás de Aquino da de Aristóteles. Com isso, cada qual, em sua época, pode influenciar não só a religião católica como muitos pensadores cristãos que lhes sucederam.
Fé, Razão e Revelação são os pontos fundamentais de suas teorias. Santo Agostinho demonstra claramente sua vocação filosófica na medida em que, ao lado da fé na revelação, deseja ardentemente penetrar e compreender com a razão o conteúdo da mesma. Santo Tomás consegue, por seu turno, estabelecer o perfeito equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão, a teologia e a filosofia, distinguindo-as mas não as separando necessariamente. Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da razão divina manifestada na revelação.
SANTO AGOSTINHO (principal obra: Confissões)
Após se converter ao cristianismo, Santo Agostinho buscou se libertar das nacos maniqueístas e céticas que possuía antes de abraçar os ensinamentos cristãos. Na escolástica medieval, estudou sobre o problema das relações entre a Razão e a Fé; mesmo aprofundado na fé, buscou compreender o existencialismo da Razão, e antes do surgimento do cogito cartesiano, já evidenciava em seus estudos sobre o indivíduo que existe, vive, pensa e duvida.
Em relação à Platão, Santo Agostinho modificou a noção da teoria das idéias, intensificando que as substâncias da vida surgem de modelos imutáveis e eternos provindos de idéias divinas, e não num mundo a parte como a teoria das idéias que Platão defendia. No sentido religioso defendia que aquele que vive da fé não busca somente o temporal, mas sobretudo os bens eternos futuros.
Para Santo Agostinho, apesar de imperfeitas, as leis humanas