Filtros Biologicos
O filtro biológico é constituído por um leito que pode ser de pedras, ripas, ou material sintético. O efluente a ser tratado é lançado sobre o filtro por meio de braços rotativos onde a matéria orgânica fica retida pelas bactérias no material filtrante e o efluente segue em direção ao dreno de fundo.
Este processo permite elevada eficiência na remoção de DBO (de 80 a 93%). A eliminação de patogênicos está entre 60 - 90%. A instalação não requer área extensa e sua mecanização exige equipamentos relativamente simples (distribuidor rotativo, raspadores de lodo, elevatória para recirculação, misturador para digestor, etc.). O custo de implantação é alto e há necessidade de tratamento do lodo gerado e sua disposição final. Entre os inconvenientes estão a dificuldade na operação de limpeza e a possibilidade de proliferação de insetos.
É considerado um processo aeróbio, uma vez que entre o material que constitui o leito existe vazios, proporcionando a circulação de oxigênio no sistema para as bactérias.
Os filtros biológicos podem ser:
Filtros biológicos de baixa carga
Neste sistema, como a carga de DNO aplicada é baixa, o lodo sai parcialmente estabilizado devido ao consumo de matéria orgânica presente nas células das bactérias em seus processos metabólicos por causa da escassez de alimento.
Tem eficiência comparável ao sistema de lodos ativados convencional. Ocupa uma maior área e possui uma menor capacidade de adaptação as variações do efluente, porem consome menos energia e é mais simples operacionalmente. [1]
Filtros biológicos de alta carga
Este sistema é menos eficiente que o sistema de filtros biológicos de baixa carga e o lodo não sai estabilizado. A área ocupada é menor e a carga de DBO aplicada é maior. Há uma recirculação do efluente para que mantenha braços distribuidores funcionando durante a noite, quando a vazão é menor e, evitando assim que o leito seque. Com isto há também um novo contato das bactérias com a matéria orgânica