Filtros biológicos percoladores
FILTROS BIOLÓGICOS PERCOLADORES – FBP
Introdução
Os filtros biológicos são sabidamente sistemas de tratamento de esgotos que podem encontrar uma elevada aplicabilidade no Brasil, tendo em vista, principalmente, a sua simplicidade e baixo custo operacional. Entretanto, estes sistemas não tem encontrado uma maior disseminação no Brasil, sendo muito poucas as unidades implantadas e atualmente em operação no território brasileiro.
O primeiro filtro biológico percolador (FBP) entrou em operação em 1893 na Inglaterra. Sua origem está na evolução dos então chamados “filtros de contato”, que eram tanques preenchidos com pedras, que eram alimentados com esgoto, pela superfície, até completar o volume do tanque e, após certo período de tempo de contato entre esgoto e as pedras (tipicamente 6 horas), o tanque era drenado e o leito de pedras deixado em repouso por um período (normalmente também de 6 horas), antes de se repetir o ciclo. No tocante à utilização de filtros biológicos para o pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios, uma instalação piloto foi construída na PUCPR, no ano de 1980, tratando esgotos de uma população de
500 habitantes (GOMES e AISSE, 1985). Em escala industrial, tem-se notícia de apenas três unidades em operação no Estado do Paraná, muito embora diversos novos projetos considerem essa alternativa de combinação de reatores anaeróbios e filtros biológicos percoladores.
Descrição da Tecnologia
Considerações preliminares
Um filtro biológico consiste, basicamente, de um tanque preenchido com material de alta permeabilidade, tal como pedras, ripas ou material plástico, sobre o qual os esgotos são aplicados sob a forma de gotas ou jatos. Após a aplicação, os esgotos percolam em direção aos drenos de fundo.
Esta percolação permite o crescimento bacteriano na superfície da pedra ou do material de enchimento, na forma de uma película fixa denominada biofilme. O esgoto passa sobre o