filosofia
POSITIVISMO
O desenvolvimento da ciência e a sofisticação de seus métodos experimentais por algum tempo trouxe a ilusão de que estariam resolvidos os problemas relativos à construção do saber científico. Caberia ao cientista apenas a aplicação rigorosa do método, sem se preocupar com questionamentos gerais sobre a natureza de seu trabalho, estas especulações deveriam ficar restritas à filosofia da ciência. Esta concepção positivista, embora modificada, ainda hoje predomina no trabalho prático dos cientistas. O positivismo (concepção filosófica criada por Comte) serviu de base para o que denominamos ciência moderna. Considera que só é possível conhecer os fenômenos e as suas relações, não a sua essência, as suas causas íntimas. Sob influência de um suposto progresso contínuo das ciências, o positivismo afirma que os fatos só podem ser conhecidos pela experiência e que a única válida é a dos sentidos (visão, olfato, tato, etc.). Não cabe a ciência buscar a inacessível determinação das causas, mas procurar leis, isto é, as relações constantes que existem entre os fenômenos. As leis naturais, assim descobertas, constituem a formulação geral de um fato particular, rigorosamente observado. Cabe à ciência observar por toda parte o mecanismo do mundo, como este funciona e não inventá-lo. Somos meros espectadores dos fenômenos exteriores, não podemos modificar a ação destes sobre nós, senão submetendo-nos às leis que os regem. Os homens, nesta concepção, não são capazes influenciarem os seus destinos, de se tornarem sujeitos da história. Na visão positivista, a ciência evolui de forma linear, baseando-se em observações. Uma nova teoria válida, constitui-se no aperfeiçoamento da anterior. Considera possível, através do rigor metodológico, manter a objetividade (separar totalmente o objeto da influência do sujeito) e a neutralidade (política, no sentido amplo) do conhecimento científico. Busca a verdade científica: “o