Filosofia

526 palavras 3 páginas
Sofistas e o relativismo do conhecimento

Nas cidades-estado da Grécia por volta do século V era evidente a importância dada a palavra. Era através dela que os cidadãos tinham o direito e dever de levar os assuntos da Cidade as assembléias, ou seja, para o exercer a cidadania era necessário o domínio do idioma grego. A força do discurso levava o homem a alcançar o sucesso pessoal e político, percepção esta que levou os jovens a buscar o domínio da palavra e argumentação persistentemente.
Neste cenário surgem os sofistas, itinerantes que levavam as pessoas o ensino das artes da oratória e retórica, cobrando quantias expressivas por suas aulas. Eram profissionais do saber, sábios. Diferenciavam-se dos filósofos principalmente em relação a busca do saber, os sofistas acreditavam que o domínio da palavra garantia a sabedoria e o poder enquanto os filósofos estavam em constante busca pelo conhecimento.
Uma das teses centrais do movimento sofístico é de Górgias de Leontini, um dos principais mestres da retórica, que destaca a superioridade desta sobre qualquer outra arte ou conhecimento. A justificativa para tal tese se embasava no poder de persuasão do discurso e o impacto do mesmo sobre o ouvinte, não importando tanto o conteúdo e sim a forma como este é apresentado. Isto é, era dada maior importância a como era proferido o discurso do que ao que era dito. Tinha foco portanto no poder de persuasão da fala, pois através do convencimento era possível influenciar as pessoas e produzir efeito na comunidade.
Seguindo a linha desta tese defendida por Leontini, qualquer coisa pode ser afirmada ou negada, defendida ou refutada. É isto que também nos diz Protágoras em sua visão do relativismo do conhecimento. A diversidade de opiniões, inclusive nas assembléias políticas, o leva a defender a inexistência da verdade ou a incapacidade do homem de alcançá-la. Faz-se assim todo discurso verdadeiro, sendo diferenciados por sua utilidade (melhor ou pior, boa ou má ...).
É

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