Filosofia
INSTITUTO DE FILOSOLFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE FILOSOFIA
ALUNO: Philipe Martins Alves
MATRICULA: 0603100901
DISCIPLINA: Redação Filosófica
PROFESSOR: Alexandre
DATA: 18 de dezembro de 2009
ENSAIO FILOSÓFICO
Belém/Pará
Dezembro de 2009
O FORMALISMO KANTIANO E O VALOR DA VIDA HUMANA: uma crÍtica À resposta de kant a beenjamim Constant
O presente ensaio tem como tese a demonstração de que a resposta de Kant a Benjamim Constant é marcada pela interpretação da mesma dentro de sua perspectiva formalista e que, portanto, é legitimada apenas pelos pressupostos do seu próprio sistema, sendo assim inviável enquanto doutrina positiva dos deveres, na medida em que se considere como fundamental o valor da vida humana. Para isso estruturarei o texto da seguinte forma, primeiramente mostrarei de forma sucinta os pressupostos do sistema moral kantiano que viabilizam a defesa incondicional da veracidade. Em seguida tentarei explicitar o aspecto fundamentalmente formal dos mesmos, a partir da critica de Hegel[1] e finamente mostrarei que a defesa kantiana só se torna possível pelo registro universal de seu sistema, que valoriza, em termos morais, a formalidade do imperativo universal em detrimento do valor da vida.
Tendo em mente o conceito de veracidade Kantiano, analisemos os motivos pelos quais Kant diz que a posição de Benjamin Constant com relação a defesa do uso de uma mentira com a finalidade de garantir o direito a vida de uma pessoa perseguida por um assassino, não pode ser aceita do ponto de vista moral, e que portanto a proposição “dizer a verdade é um dever, mas somente com aquele que tem direito á verdade”, é desprovida de sentido.
Se analisarmos o conceito de veracidade sob a perspectiva Kantiana, veremos que a capacidade de expressar verdadeiramente o pensamento, está intimamente ligada ao conceito de