Revolução cubana
A última colônia latino-americana a conquistar sua independência foi Cuba, em 1898, no contexto de uma guerra entre Espanha e Estados Unidos, dando início a um intervencionismo que se prolongou pelo século XX. Em 1934 chegou ao poder Fulgêncio Batista, que se tornou ditador sangrento, líder de um governo corrupto, responsável por permitir que seu país se transformasse em um verdadeiro bordel de luxo. O povo cubano era governado por um regime autoritário, vivia na miséria e seu país era extremamente dependente dos Estados Unidos. Contra o governo de Fulgêncio Batista, forças oposicionistas organizaram-se e algumas se encaminharam para a ação armada. Surge um grupo de guerrilheiros, dentre os quais Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos e José Antonio Echeverria. A luta armada se prolongou de 1953 até 1959 e, surpreendentemente, começou com um grupo de doze guerrilheiros, que, ocultando-se na selva, em uma região conhecida como Sierra Maestra, montaram o corpo armado que foi denominado Exército Rebelde. Com o apoio da população local, sobretudo camponeses, os rebeldes impuseram várias derrotas às tropas governamentais, que tentavam dissolver o grupo revolucionário. O exército do governo em vários locais se recusou a lutar e Fulgêncio Batista, isolado, fugiu para a República Dominicana. Em janeiro de 1959, Havana estava tomada pelos revolucionários cubanos. Fidel Castro chegava ao comando do país. O governo de Fidel Castro a princípio não se caracterizava como socialista. Entretanto, as reformas e nacionalizações realizadas apontavam nessa direção. Isso preocupava severamente os Estados Unidos, que passou a apoiar a contra-revolução. Em abril de 1961, a CIA organizou uma invasão à Baía dos Porcos, em Cuba, que se revelou um fiasco do ponto de vista estratégico. Fidel Castro sairia fortalecido deste episódio e logo declararia oficialmente a instalação em Cuba de um regime socialista. No ano de 1962 ocorreu