Filosofia Oriental - Índia
O período entre o quinto e nono século d.C foi a mais brilhante época no desenvolvimento da filosofia indiana, hindu e budista, filosofias que floresceram lado a lado.
Destas várias escolas de pensamento, a não-dualista Advaita Vedanta emergiu como a mais influente e a escola mais dominante. Os principais filósofos dessa escola foram Gaudapada, Adi Shankara e Vidyaranya.
Advaita Vedanta rejeita o teísmo e o dualismo, insistindo que Brahma a realidade final é sem partes ou atributos... um sem um segundo. Uma vez que Brahma não tem propriedades, não contém diversidade interna e é idêntico com o conjunto da realidade, não pode ser entendido como Deus. Brahma apesar de ser indescritível é melhor descrito como Satchidananda (Existência, Consciência e Bem-Aventurança) por Shankara.
Advaita inaugurou uma nova era na filosofia indiana e, como resultado, muitas novas escolas de pensamento surgiram no período medieval.
Antes do surgimento das seis escolas ortodoxas acima citadas, o pensamento filosófico indiano já estava presente de forma não sistematizada em diversas obras, como os Vedas, que contêm diversos hinos de grande profundidade, e as Upanishads, nas quais foram elaborados conceitos fundamentais como o de Brahman e Atman.
O pensamento filosófico indiano começou a ser conhecido no mundo ocidental a partir do final do século XVIII e início do século XIX, quando surgiram as primeiras traduções de textos sânscritos para idiomas como latim, inglês, francês e alemão. No início do século XIX foram traduzidas várias Upanishads do persa para o latim, que produziram grande influência sobre o filósofo alemão Arthur Schopenhauer. No entanto, outro filósofo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, guiado por seus pressupostos historicistas, negou a existência de qualquer filosofia na Índia. Devido à influência de Hegel, até hoje muitos professores de filosofia continuam a afirmar que nunca houve filosofia na Índia, ignorando assim a vasta literatura