A FILISOFIA E FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO Se pensarmos em introduzir a Filosofia com crianças na escola, em uma perspectiva piagetiana, devemos respeitar o seu desenvolvimento e propor que as reflexões e interesses partam delas. Assim, não podemos pensar em um programa pronto com atividades predeterminadas e objetivos rígidos, pois desta maneira cairíamos numa epistemologia empirista. A atitude filosófica é o indagar, ou seja, é perguntar o quê, como e o porquê, das coisas, valores ou idéias. A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Essas questões se referem à nossa capacidade de conhecer e de pensar. Logo, a filosofia se realiza como reflexão, pois é o pensamento que se realiza sobre si mesmo, Nesta perspectiva, um professor não ensina um aluno a filosofar, mas pode desafiar o pensamento filosófico a partir dos interesses dos aluno as perguntas filosóficas são perguntas sobre a essência, significação, estrutura ou origem de todas as coisas. A filosofia significa “Amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: O que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber” (Chaui,1999) Piaget (1978), quando aborda o plano racional, refere que o primado da assimilação se traduz pelo primado do julgamento. “Julgar não é, necessariamente, identificar, como se afirma por vezes; é assimilar, isto é, incorporar um novo dado a um esquema anterior, num sistema de implicações já elaborado” Logo, a assimilação racional supõe uma organização prévia. Filosofia com crianças na escola poderá percorrer uma trajetória semelhante às estórias criadas por Lipman, podemos utilizar contos de fadas, fábulas, etc. Mas acima de tudo, devemos utilizar as próprias preocupações das crianças dentro de cada fase de desenvolvimento, do meio em que vivem, de situações que estão atravessando neste sentido, Gaarder (2000), no seu romance da história da filosofia O Mundo de Sofia além de criticar a escola