Filosofia Kant
Kant foi o maior representante do Iluminismo alemão, sintetizando o otimismo em relação à possibilidade de o homem guiar-se por sua própria razão.
Kant realizou uma revolução na Filosofia semelhante à de Copérnico na Astronomia.
Revolução copernicana
Retirou do centro do conhecimento o objeto e colocou a razão.
Analisou a estrutura da razão e sua possibilidade de conhecer.
Enquanto a metafísica antes admitia que “o nosso conhecimento devia regular-se pelos objetos”, agora “devemos experimentar” e “admitir que os objetos devem regular-se pelo nosso conhecimento”
Os objetos adaptam-se ao conhecimento, não o conhecimento aos objetos.
A Razão
A razão é composta de duas estruturas: a estrutura ou forma da sensibilidade “capta os dados” a partir da percepção sensorial; e a estrutura do entendimento os organiza.
A razão humana é uma estrutura sem conteúdo. É uma estrutura inata e universal, portanto transcendente. É uma estrutura a priori.
A experiência fornece a matéria do conhecimento e o entendimento fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento.
Estrutura ou forma da sensibilidade
É composta pela estrutura do espaço e do tempo.
O espaço possibilita a percepção das realidades espaciais. O tempo permite a noção de passado, presente, futuro.
Estrutura ou forma do entendimento
Formada pelas categorias com as quais se organizam os dados da sensibilidade: causa, necessidade, substância, universalidade. Possui validade universal, o que possibilita as ciências.
Fenômeno e coisa em si
Segundo Kant é impossível conhecermos as coisas em si mesmas; conhecemos apenas os fenômenos. Não conhecemos como as coisas são em si, mas como nos podemos percebê-las, ou seja, como elas aparecem para nós.
No processo do conhecimento o ser humano não “assimila” de forma “passiva” os objetos (realidade), ao contrário, participa de sua construção mental (estrutura mental a priori).
O objeto do saber é construído pelo próprio ser humano a partir da manifestação do