filosofia filha da cidade
O surgimento da filosofia está associado ao surgimento da polis, (numa definição mais própria, cidade estado), por volta do século VI A.C, transformando a vida social e as relações humanas, um começo efetivo para o pensamento cada vez mais racional. Esse processo não aconteceu de repente, as etapas dessa evolução levaram séculos, considerando cada uma delas como: a invenção da escrita e consequentemente a lei escrita, da moeda, da polis e o surgimento do cidadão confirmados pela consolidação da democracia.
Com a escrita, os documentos passam a ter maior disponibilidade, assim sujeito a discussão e a crítica, gerando então uma nova perspectiva do objetivo, pois existe muita diferença entre o discurso falado e o escrito, este último exige mais clareza e rigor, elevando as articulações racionais.
A moeda também foi outro fator importante para o desenvolvimento da filosofia, pois os produtos passam a ter valor de troca e valor agregado, transformando-se em mercadoria, evoluindo na economia da comunidade. A democratização de um valor acaba destinando a moeda, pelo caratê racional, a sobrepor aos símbolos sagrados e afetivos, dando medida comum a valores diferentes, associados ao pensamento racional crítico.
Afirma-se a filosofia ser filha da cidade, por ser na polis que de certo modo culminou o seu nascimento, a prática do pensamento racional e seus métodos. A discussão, a argumentação humana, esses debates fazem nascer a política, a democracia, permitindo ao homem fazer suas escolhas perante sua sociedade, sem a mágica mítica e sim com conflitos é isso que consolida a filosofia.