A Filosofia e filha da cidade
No Norte e Nordeste, em que a maioria dos lugares apresenta um quadro regular, o estudo aponta a quase erradicação das localidades com desenvolvimento baixo — e nas capitais das duas regiões os índices são considerados moderados. Um reflexo disso é o aumento da renda das populações dessas áreas e, consequentemente, do consumo. Um estudo da consultoria McKinsey mostra que, até 2020, em 13 dos 26 estados brasileiros o consumo deve aumentar mais no interior do que nas capitais.
Esses dados servem para ilustrar que nos próximos anos o Brasil terá uma situação inédita de oferta de empregos e trabalhos temporários fora das capitais e, principalmente, longe de São Paulo e Rio de Janeiro, que foram historicamente os principais polos de atração de trabalhadores. “O questionamento sobre a mudança para cidades menores tende a ser cada vez mais frequente entre os executivos”, diz Mariá Giuliese, especialista em aconselhamento de carreira da Lens & Minarelli, empresa de recolocação de executivos, de São Paulo.
Além da oportunidade de crescimento, a perspectiva de trabalhar no interior acena com a possibilidade de uma vida mais equilibrada, saudável e distante da violência da grande cidade. O receio de muitos profissionais ao mudar para o interior é perder a visibilidade no mercado. Para Mariá, o profissional deve se importar menos com o lugar onde mora e mais com o que está fazendo. “A mudança de cidade tem valor se ela significar um nível maior de autonomia, de aprendizado e aumento de responsabilidades”, diz ela.
Mas a especialista aconselha a colocar outros fatores na balança antes de optar pela mudança para uma cidade menor. “Um dos principais é se a família vai com você, porque a distância tem um custo psicológico. Se a ideia é ficar toda semana numa ponte aérea, seu projeto de