Filosofia de rodo cotidiano
Meu troco é pouco, é quase nada”. Como um animal que vive em um curral, o trabalhador tem a sua alimentação predeterminada antes mesmo de sentir fome – comerá o que tem na marmita e nada mais, exatamente como um animal que come o que apenas o que o dono se predispõe a fornecer. E no final, o pior de tudo isso, é que a recompensa por ter passado por essa situação é pouco, é quase nada – parafraseando a ultima parte da estrofe. Ou seja, o produto do seu trabalho é simplismente nulo. Essa parte da análise sempre me remete a Karl Marx com o seu materialismo histórico: burguêsXoperário. O operário trabalha, sofre as dores da exaustão diária por um trabalho, e no final da conta pouco recebe de seu patrão, que o expropria, legando apenas o necessário para se manter vivo, exatamente como um animal.
Existe outros elementos nessa letra, mas me atenho a esses apenas por considerar o mais importante para o enredo. Acredito que a arte imita a vida, e nessa música o rappa fez isso muito