A arte e a ciência de fazer perguntas: aspectos cognitivos da metodologia de survey e a construção do questionário
O artigo aborda os aspectos cognitivos da metodologia de survey, a construção do questionário e a forma como se conduz terminologicamente a entrevista a fim de obter-se uma resposta satisfatória e válida nas pesquisas.
As autoras apresentam os procedimentos metodológicos do survey empregados na construção do questionário e na condução das entrevistas utilizadas na Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, um projeto do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG em parceria com o Departamento de Ciências Políticas o qual também tem por objetivo capacitar os cientistas sociais na metodologia quantitativa survey, priorizando o rigor científico da teoria e empiria.
Os pioneiros da metodologia de survey são Samuel A. Stouffer e Paul F. Lazarsfeld (1962) que buscaram utilizar as pesquisas sociais empíricas para analisar sociologicamente os problemas sociais.
No contexto do artigo é exposto como e porque foi elaborada essa metodologia, sua utilidade, as críticas e seus aprimoramentos para o uso das ciências sociais.
Segundo as autoras o survey nas ultimas décadas tem sido muito utilizado nas diversas áreas das ciências sociais, principalmente nas ciências políticas as quais utilizam o survey para analise eleitoral, desenvolvimento democrático, direitos políticos, transparência política ou responsabilidades. No que tange as demais áreas das ciências sociais é utilizado nas pesquisas e nas analises dos direitos sociais, educação, meio ambiente, gênero, raça etc..
Entretanto, esta metodologia tem sofrido varias críticas na academia, pois alegam que a metodologia de survey se assemelha as utilizadas pelos institutos de pesquisa de mercado e de opinião pública, sendo que, estes seguimentos estão mais preocupados com as previsões futuras do que com a explicação e compreensão dos fenômenos sociais que investigam.
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