filosofia da contabilidade
O homem em seu talento espiritual de criatividade, na tentativa de explicação das coisas visíveis do universo, criou o mito. O mito é, portanto, uma expressão fantasiosa, mas fascinante de uma realidade, criada pelo senso comum do ser humano.
Ultrapassando esta tentativa de explicação, para alcançar a explicação real, pensadores passaram a refratar as emissões mentais derivadas do senso comum e do conhecimento vulgar
(doxa), para buscar entendimentos pelo bom senso, amparado pela lógica e sujeito ao questionamento para aperfeiçoamento (episteme). Surge então a filosofia.
A filosofia no sentido histórico surge primeiro que a ciência, mas nunca deixou de ser um conhecimento. Na verdade a filosofia é o alfa e o ômega da ciência. Ou seja, toda a ciência iniciou na filosofia e toda a ciência que almeja a perfeição termina nela. A ciência precisa da filosofia e a filosofia nunca deixará de ser uma ciência, por nunca deixar de ser um conhecimento. A diferença básica entre a filosofia e a ciência é que esta é específica enquanto aquela é multidisciplinar. Ou seja, a filosofia utiliza todos os métodos e estuda todos os objetos, mas a ciência possui um método específico. Aliás, foi com a criação do método que a filosofia se separou da ciência. A autoria do método se deve a Galileu Galilei (1564-1642), que o utilizava para a pesquisa e comprovação de suas idéias.
Contudo, quando a filosofia se tornou autônoma com relação à ciência (isto no tratamento e concepção, pois, tudo era um conhecimento), nunca foi preterível o seu uso. A filosofia serve para afitar os erros de uma ciência, fitando a qualidade de seu método e objeto de estudos. Portanto, a visão sublime da ciência é obtida por meio da filosofia deste mesmo conhecimento. A ciência quando almeja os pontos mais altos e sublimes, buscando a essência do seu conhecimento na correta investigação da substância de seu objeto de estudos, estará