Filosofia Clinica
Há momentos na vida em que não conseguimos organizar nossas ideias, nos encontramos como que absorvidos pelos problemas, sem um distanciamento suficiente para compreendê-los. Em outras situações, as dificuldades diante de uma escolha, de uma tomada de decisão, de uma ação necessária parecem ser um entrave intransponível, e ao mesmo tempo, insuportável. Questões existenciais que geram sofrimentos, angústias, medos incontroláveis.
Desde sua visão de mundo, até suas emoções, sua expressividade, seus valores, a religiosidade, seus papéis existenciais, seus meios de expressão. Não se trata de uma abordagem puramente racional, a Estrutura de Pensamento é muito mais ampla, abrangendo o modo de ser em devir e em múltiplas dimensões de cada partilhante em especial.
Desde suas origens, a filosofia tem como objetivo o benefício humano. No decorrer de nossa história, as questões filosóficas recebem um tratamento específico, que se caracteriza por um olhar, por uma postura investigativa, questionadora e crítica diante da realidade. Um olhar dirigido às nossas crenças, às justificativas de nossos modos de existência, aos motivos de nossas escolhas e nossos posicionamentos diante de nós mesmos, do mundo e dos outros.
A Filosofia Clínica consiste na reflexão filosófica acerca das questões que nos incomodam em nossas existências singulares. Retomando a necessidade do diálogo, tão ausente na sociedade contemporânea, essa atividade propõe-se a pensar junto, em disponibilizar-se a refletir sobre a própria existência e possíveis maneiras de torná-la subjetivamente melhor. Tendo como objetivo clínico o “bem estar subjetivo” do partilhante – aquele que procura auxílio na clínica filosófica –, o filósofo clínico não parte de abordagens ou respostas prévias, mas inicia seu trabalho com uma pesquisa sobre os modos de ser próprios do partilhante. Cada pessoa é única e não há um modo de ser absolutamente melhor do que o outro; cada contexto é único e não há respostas