Filosofia clinica
Ela pode ser aplicada por todos os graduados, mestres e doutores em Filosofia nas Faculdades consideradas oficiais pelo Ministério da Educação. Profissionais de outros campos podem cursar uma especialização nesta área, porém sem o direito de exercer a parte clínica.
A Filosofia Clínica difere da que lhe inspirou mais nos métodos utilizados do que na esfera teórica. Ela está focada na necessidade de diagnóstico e de auxílio terapêutico aos problemas vitais que proliferam em hospitais, clínicas, escolas, ambulatórios, entre outros. Ao contrário da Psiquiatria e da Psicanálise, esta esfera filosófica não trabalha com a idéia de normalidade e de patologia. Ela centra sua atenção no histórico de vida do paciente, abordando a lógica formal – conceitos, juízos, raciocínio, leis do pensamento -, e a teoria do conhecimento, ou seja, a epistemologia.
Os profissionais desta área se baseiam nos autores e textos estudados na Academia, principalmente na Lógica, na Epistemologia, na Fenomenologia, na Historicidade, no Estruturalismo e na Analítica da Linguagem, entre outros ângulos pesquisados no percurso acadêmico. Todo este embasamento teórico não impede a Filosofia Clínica de receber críticas agudas da Psiquiatria – ela lhe cobra uma visão que também aborde as perturbações orgânicas que subjazem nos distúrbios psíquicos – e da Psicanálise – esta não acredita na eficiência da racionalização de problemas emocionais. A Filosofia Clínica procura abranger os problemas que perturbam os mecanismos do pensamento humano, através do recurso à psicoterapia individual, na qual procura-se compreender o sujeito em