Filosofia Apologia de Sócrates

A obra literária “ Apologia de Sócrates”, escrita por Platão, traz o julgamento do filósofo Sócrates, que ocorreu em janeiro de 399 a.C., onde ele é acusado de não aceitar os deuses reconhecidos pelo Estado e de corromper a juventude. No julgamento de Sócrates havia três acusadores, Meleto, Ânito e Lícon. Meleto era o acusador oficial e por conta disto a obra traz vários diálogos entre ele e o réu, onde Sócrates refuta todas as suas acusações, se valendo do seu método de Ironia e Maiêutica. Fazendo uma analogia hodierna, percebemos que questões políticas tiveram peso excessivo na balança da justiça. Para Platão isto fica evidenciado, pois Sócrates era contra os governos democráticos. A inteligência e os pensamentos socráticos se tornaram perigosos pela ótica dos políticos e poderosos. E mesmo com toda a pressão de um tribunal e com sua vida em risco, Sócrates jamais renunciou o que ensinara, em sua concepção sua morte não tinha importância, o que importava mais era não ter cometido injustiças, esta atitude de não demonstrar medo, também pode ter soado como arrogante pelos juízes, ainda mais se tratando de alguém que não possuía riquezas materiais. Portanto, voltando ao inicio do julgamento, na ata de acusação que diz: “ Sócrates é réu de haver-se ocupado de assuntos que não eram de sua alçada, investigando o que existe em baixo da terra e no céu, procurando transformar a mentira em verdade e ensinando-a às pessoas”. Na verdade Sócrates fazia a parturição de idéias, esta acusação supracitada é pelo fato do filósofo ter feito vários inimigos por conta de demonstrar para aqueles que se consideravam sábios que nada sabiam. E os jovens a quem ele ensinava tentavam seguir os seus passos de analisar os indivíduos, o que também despertou ainda mais a irá dos cidadãos. Provavelmente foi este o motivo de sua condenação, o saber e a transmissão gratuita dele. E por fim, como não poderia deixar de ser, Sócrates se despediu com mais um