Religiosidade Popular na Col nia PRONTO
CENTRO DE HUMANIDADES-CH
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BARSIL I
PROFESSORA: MARIA ARLEILMA FERREIRA DE SOUSA
ALUNO: TADEU CUSTÓDIO TEIXEIRA FILHO
RESENHA DO TEXTO:
RELIGIOSIDADE POPULAR NA COLONIA DE LAURA DE MELLO E SOUSA.
CRATO-CE, 17 DE ABRIL DE 2015
Religiosidade Popular na Colônia
Este que é o capítulo 2 da obra “O Diabo na Terra de Santa Cruz” de (1986), da escritora Laura de Mello e Souza, retrata a religiosidade popular brasileira, narrando-nos incontáveis casos de acusações de heresias. Assim a estudiosa estimula nossa curiosidade com casos como o que foi relatado pela Primeira Visitação do Santo Ofício ao Brasil, em fins do século 16. O caso se refere ao Fernão Cabral de Taíde, senhor do engenho Jaguaripe:
Este senhor permitia em suas terras um culto sincrético realizado por índios em que se destacavam uma índia a que chamavam Santa Maria e um índio que ora aparece como “Santinho”, ora como “Filho de Santa Maria”. Os devotos tinham um templo com ídolos, que reverenciavam. Alguns depoentes aludem a um papa que vivia no sertão, que “dizia que ficara do dilúvio de Noé e escapara metido no olho de uma palmeira”. Os adeptos da Santidade diziam “que vinham emendar a lei dos cristãos”, e, ao fazer suas cerimônias “davam gritos e alaridos que soavam muito longe arremedando e contrafazendo os usos e cerimônias que se costumavam fazer nas igrejas dos cristãos, mas tudo contrafeito a seu modo gentílico e despropositado”. “Santa Maria”, ou “Mãe de Deus”, batizava neófitos, tendo nisso a permissão de Fernão Cabral e de sua mulher, Dona Margarida. O próprio senhor de Jaguaripe costumava freqüentar o templo, ajoelhando-se ante os ídolos; segundo um dos depoentes, ele era bom cristão, parecendo “que fazia aquilo por adquirir assim a gente gentia” (Mello e Souza, 1986: 95).
Fernão Cabral seria apenas um entre inúmeros que toleravam e