Filosofia alternativa
Plotino afirma a presença do divino na multiplicidade dos fenômenos naturais, contrariamente ao dualismo dos gnósticos. o homem deve refletir sobre seu sentimento e se perguntar por que a percepção de certas coisas o atormenta e o repugna, enquanto que a percepção de outras o exalta e inspira. Reconhecer o belo e experimentar sua paixão é, Descobrir a afinidade entre nossa alma e a forma das coisas.
Para Plotino tudo que é sem forma é feio, e assim deverá receber uma forma para não permanecer privada à razão divina. Mas é feio também o que não foi dominado pela figura e pela razão, a matéria que não aceitou se deixar configurar plenamente pela Forma.
Somos divididos por corpo e alma, ou seja sensível e inteligível, dado isso, poderemos entender então, que algo que aconteça com o corpo pode ser estendido a alma.
A estética de Plotino é feita da ideia que a beleza não se adiciona às coisas como um acidente externo, mas consiste verdadeiramente na sua essência, assim, uma obra de arte feita de uma pedra, que é um elemento sem forma, não pode ser considerada bela por inteira, dado que apenas sua forma é bela. São denominadas assim, coisas belas por participação.
A beleza, nada mais é que um elemento do ser belo e um reflexo de uma ideia. Valor estético e valor intelectual coincidem”. É a partir deste arquétipo ideal que as formas resplandecem sobre as coisas, as quais nós definimos bela pela mediação da Alma. Beleza sensível e intelectual, são ligadas por uma parecida ligação. A forma se torna desejável e suscita em nós a emoção, misturada de estupor e de desordem, própria ao Eros.